Primeira congressista trans dos EUA será proibida de frequentar banheiro feminino do Congresso

Sarah McBride, a primeira congressista trans a conquistar um assento no Congresso dos EUA, ainda não assumiu o cargo, mas já enfrenta discriminação da bancada republicana. Nesta semana, o presidente da Câmara, Mike Johnson, aprovou uma nova regra proibindo McBride e outros funcionários transgêneros de usarem os banheiros femininos no Capitólio. A decisão foi anunciada no Dia da Memória Trans, uma data que homenageia pessoas trans vítimas da intolerância.

McBride, que representa o estado de Delaware, declarou que usará o banheiro masculino, mas ressaltou que está focada em trabalhar por questões mais importantes.

A medida foi antecipada por Johnson após pressão da deputada republicana Nancy Mace, que defende a proibição de mulheres trans em banheiros femininos no Capitólio. Mace também apresentou uma resolução para ampliar essas restrições. Em declarações transfóbicas, Mace disse que McBride deveria ser tratada como um “macho biológico”.

Outra deputada republicana, Marjorie Taylor Greene, ameaçou publicamente partir para violência física caso visse uma mulher trans em espaços femininos do Capitólio.

Encorajados pela postura do ex-presidente Donald Trump, republicanos como Mace planejam expandir essas proibições para todas as repartições federais. Durante sua campanha, Trump prometeu limitar o acesso a direitos e cuidados de saúde para pessoas trans, além de vetá-las nas forças armadas e em esportes femininos.

O líder democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, criticou a atitude dos republicanos, classificando-a como “bullying” contra McBride e questionando se esse era o foco político após as últimas eleições.

Por enquanto, a regra vale apenas para a Câmara dos Representantes, já que o Senado segue sob controle democrata até janeiro. A partir de 20 de janeiro, com a nova legislatura, o cenário pode mudar.

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Redação

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